As três mulheres maravilhas da Marvel
As Marvels (Maravilhas, significado do original em inglês), a mais recente produção da Marvel Studios, foi lançado quinta-feira em todo o Brasil (em Catanduva, no CineX). Talvez seja o filme mais infanto-juvenil e curto do estúdio – desde seu primeiro Homem de Ferro, apresentado no agora distante 2008. É também, o mais “feminista” da produtora e editora americana, com roteiristas, diretora e protagonistas mulheres, incluindo a vilã.
A Marvel atingiu seu clímax em Vingadores: Ultimato, em 2019. Este também foi o ano do lançamento de Capitã Marvel, a super-heroína destinada a ser a mais poderosa do Universo Cinematográfico da Marvel, uma mistura de Superman e Mulher-Maravilha. Tão poderosa, que durante a ameaça de Thanos, inventaram uma desculpa para ela não aparecer. Naquele tempo, praticamente tudo que o estúdio comprado pela Disney lançasse, fazia um bilhão de dólares ou mais nas bilheterias do mundo: os desconhecidos Guardiões da Galáxia, Homem-Formiga, Pantera Negra e assim por diante.
Seja porque a fórmula esgotou, ou a pandemia deu um "click" pior que o do Thanos, ficou muito difícil repetir a façanha nesta ou outras sequências. O estúdio exagerou no número de filmes, mais séries para o canal de streaming, e a qualidade geral caiu, gerando até revolta nos criadores de efeitos digitais, que não queriam mais trabalhar para a Marvel.
A sequência do filme de 2019 (cuja trama original se passava em 1997) aposta numa mistura de ação, humor e até musical, sob a direção de Nia DaCosta (A Lenda de Candyman). Brie Larson volta como a fria Carol Danvers, a Capitã Marvel, que resgatou sua identidade depois de um período desmemoriada junto ao povo Kree, que a chama de Aniquiladora. Este é o motivo da vingança da líder dos Kree, Dar-Benn (Zawe Ashton), que tenta roubar de outros mundos suas fontes de energia e água.
Mas Carol não está sozinha. Ela recebe a ajuda maravilhada da sua fã, a adolescente Kamala Khan (Iman Vellani), de Jersey City, a Ms. Marvel, que converte luz em matéria. E também da sobrinha de Carol no filme anterior, que cresceu e virou a capitã e astronauta Monica Rambeau (Teyona Parris). Quando usam seus poderes ao mesmo tempo, no entanto, sofrem um “entrelaçamento quântico” que as faz trocar de lugar, o que gera muita confusão e ação. Além do uso do humor (principalmente com Kamala, da série da Disney +), o filme também se conexão com outra série, WandaVision.
Fora as muitas batalhas luminosas, um planeta onde as pessoas se comunicam dançando e cantando como em Bollywood e gatinhos alienígenas devoradores que se revelam numa função um tanto nojenta, o clímax do filme é a tradicional batalha cósmica. Nas cenas pós-créditos, acenos para a volta dos X-Men, e uma nova equipe dos Vingadores.
Autor