Essa semana, finalmente, chegaram minhas férias, aproveitando que o fórum está em recesso e os prazos processuais suspensos. Após um longo ano de trabalho, não só durante o expediente, mas 24 horas por dia pensando em teses, argumentos, soluções para usar em minhas petições, acho que mereço esse descanso de uns vinte e poucos dias.

Então, na quarta-feira, finalmente, tive apenas que atender um cliente no escritório, responder quatro clientes no WhatsApp, pagar uns boletos, e conferir meu saldo bancário pensando nas próximas semanas, já que dinheiro mesmo só volta a entrar na conta de um advogado autônomo após a volta dos andamentos processuais. São onze meses de receitas e doze de despesas. Mas tudo coisa rápida, afinal, já estava de férias.

Na quinta-feira, já aproveitei para fazer um esboço de um recurso cujo prazo só vence ano que vem, mas quis aproveitar que os argumentos já estavam surgindo na minha cabeça. Só vou finalizar ano que vem, afinal, estou de férias.

Na sexta-feira, resolvi dar uma passadinha no escritório para buscar um contrato, para analisar, aproveitando o silêncio e tranquilidade das férias.

O cliente até disse que eu poderia analisar o documento "sem pressa", mas eu sei que um compromisso "sem pressa" na advocacia pode ser sinônimo de procrastinação e, por isso, gosto de resolver o quanto antes, como se tivesse prazo.
E assim o fiz, analisei o contrato nas primeiras horas da manhã, para ter o restante do dia livre, afinal, estou de férias...

No sábado, acordei às cinco da manhã com uma pulga atrás da orelha, no sentido figurado, uma dúvida não incomum: se eu havia protocolado um recurso na semana passada, o que foi rapidamente confirmado no sistema pelo celular mesmo, e então pude levantar e começar mais um dia de férias em paz.

Ah, lembrei agora que nesta semana já tenho um cliente agendado no escritório, ele está de férias e só consegue ser atendido na semana do Natal. Por isso, irei de manhã, e já aproveito para pagar uns boletos, fechar as estatísticas do ano e a planilha financeira do mês. Coisa rápida, pois, afinal, estou de férias...

E agora peço licença ao leitor para abreviar o final desta crônica, pois nada como aproveitar um domingo de manhã para uma olhadinha no e-mail, muito rápida, claro, afinal, estou de férias...

Post scriptum: Brincadeiras à parte, desejo a todos que possam aproveitar os momentos de descanso com a mesma intensidade que os momentos de trabalho, pois sucesso, para mim, é encontrar o equilíbrio perfeito entre trabalho e lazer. Boas festas, uma feliz Natal e um ótimo ano de 2025!