O artigo que ocupa esta página, assinado por José Carlos Buch, faz bonita homenagem a Germano Braga Bianchini e traz várias mensagens que podem ser destacadas. A mais importante talvez seja de que precisamos “viver a vida”, pois não sabemos o que ocorrerá no minuto seguinte. Foi com esse argumento que Buch convenceu o amigo a viajar para os Estados Unidos, em 1994, citando doença que havia cometido um conhecido de ambos – interrompendo planos e sonhos que todos nós temos, o que o impulsionou a conhecer o país do Tio Sam. Na última sexta-feira, 7, amanhecemos com a notícia da queda de uma aeronave na capital paulista, pouco depois de levantar voo do aeroporto Campo de Marte. O acidente – cujas causas estão sendo investigadas – vitimou os dois ocupantes da aeronave e criou momentos de pavor para passageiros de um ônibus circular, que foi tomado pelo fogo. Com base em imagens de câmeras de monitoramento, também foi possível constatar que por questão de segundos um número maior de veículos não foi atingido, já que eles estavam aguardando o sinal verde do semáforo. O que tudo isso mostra é que caminhando pela rua, dirigindo seu veículo ou utilizando o ônibus circular, é impossível imaginar ser atingido por uma aeronave e que essa situação possa significar um adeus. Mas, como se vê na vida real e não apenas no cinema, é que um fato como esse pode, sim, acontecer. Quem está adiando prazeres esperando por um momento futuro deve ter em mente que ele pode não chegar e que a finitude da vida é uma realidade incontornável. Diz-se que de todos os fatos devemos tirar boas lições e levá-las conosco. Que dos casos narrados aqui prevaleça a mensagem de que devemos viver profundamente a vida até o último minuto.