Aprendizado e renda extra
A oferta de oficinas culturais de forma gratuita à população vem de longa data e, felizmente, vai se perpetuando de um governo para o outro. A atividade começou pouco demais da recuperação do antigo prédio das estações ferroviária e rodoviária, que foi transformado em Estação Cultura na gestão do ex-prefeito Afonso Macchione Neto. A partir dali, centenas de cursos passaram a ser oferecidos, alcançando milhares de pessoas a cada ano, cumprindo finalidades diversas que passam pelo aprendizado cultural em si, pelo entretenimento buscado sobretudo por pessoas da terceira idade e pela capacitação proporcionada a jovens e adultos que podem, a partir desse aprendizado, gerar renda extra. É o que acontece com muitos alunos que participam das aulas de artes plásticas ou artesanato, por exemplo, e passam a comercializar bordados, pinturas e outros itens produzidos com técnica e talento. Na nova temporada das Oficinas Culturais, são mais de 800 vagas à disposição dos interessados, percorrendo áreas das artes plásticas, música, artesanato e dança – esta última será realizada na Unifipa, devido à reforma parcial prevista para o prédio histórico. Por todo esse histórico e pela importância que o programa tem para a comunidade, ele merece esse cuidado e proteção dos governantes que se alternam no poder, quiçá sendo ampliado e até descentralizado, alcançando regiões mais distantes da cidade e moradores que têm dificuldades para se deslocar ao centro em busca de cultura e educação. Esse movimento de dentro para fora precisa acontecer como um próximo passo necessário.
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