Aprender com o que passou e olhar o futuro

O pesquisador David Paul Ausubel (1918-2008) dizia que, quanto mais sabemos, mais aprendemos. Famoso por ter proposto o conceito de aprendizagem significativa, entendia que o fator mais importante que influencia o aprendizado é aquilo que o aprendiz já conhece. Ou seja, a incorporação de novos conhecimentos de maneira significativa ocorre a partir do que a pessoa já sabe. Talvez, baseando-se nas ideias de Ausubel e tendo à mão a retrospectiva dos principais fatos ocorridos ao longo do ano, incluindo àqueles de nossa vida pessoal, possamos refletir sobre tudo e, de alguma forma, aprender com o que vivemos. Aliás, o fim do ano é um momento propício para pensar no ano que passou. Dar uma pausa e encontrar maneiras de fazer uma reflexão sincera sobre os acontecimentos nos ajuda a fazer um balanço sobre o que valeu ou não a pena. Não é, digamos, aceitável passar pela pandemia do coronavírus sem levar nenhum aprendizado vida adiante. Situações diversas, tanto ruins quanto boas, aconteceram ao longo dos doze meses de 2023. Durante esse ciclo, os dois aspectos estão presentes e a ideia é resgatá-los para construir panorama mais completo. A retrospectiva além de nos ajudar a fazer um balanço e ampliar a nossa percepção sobre a vida, relembrando até episódios que passaram desapercebidos, nos auxilia a planejar melhor o próximo período. O ano novo é a oportunidade do recomeço, é uma chance para fazermos diferente, direcionar a vida para aquilo que tem valor. Experiências negativas podem nos tornar pessoas melhores para nós mesmos e aos outros. Quem se viu ausente, pode estar mais próximo; quem cometeu enganos, deve buscar formas de evitá-los; até o voto que não surtiu os efeitos desejados pode ser revisto. Além de olharmos o futuro aprendendo com o que passou, podemos incluir metas novas, caminhos a percorrer, construir nossa visão de mundo e nos conectar com o que realmente importa para nós mesmos.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.