Aposentadoria em debate

A discussão sobre o futuro do IPMC, o Instituto de Previdência dos Municipiários de Catanduva, é bastante saudável. Quando o assunto é previdência social, as decisões de hoje terão impacto lá na frente, podendo colocar em risco até mesmo a aposentadoria dos servidores municipais. Por outro lado, a omissão dos gestores públicos e o “não decidir” também tende a acarretar problemas, já que o desenrolar dos fatos, no caso do IPMC, levará ao desfecho negativo. Isso porque o déficit atuarial que a autarquia carrega ao longo dos anos preocupa e mostra que algo precisa ser feito neste momento para mudar o curso da história. Se a proposta do poder público é a melhor de todas, não há como saber, mas aparentemente é a única existente e ao menos demonstra boa vontade em buscar solução para o caso, ainda que seja mudando regras e estendendo o tempo para que o equilíbrio financeiro seja alcançado. Se ao longo do tempo forem necessários outros ajustes, com mais fôlego, haverá tranquilidade para que isso seja feito. Com todos os números na mesa e o Tribunal de Contas do Estado reiteradamente apontando que o déficit vem se avolumando, o que não seria possível aceitar é que, hoje, todos os envolvidos ficassem de braços cruzados, deixando para que gestores do futuro debatessem saídas. Por isso tudo, a audiência pública realizada ontem, ainda que envolva interesses políticos, também é bem-vinda, pois possibilita que a discussão seja ampliada. Outra está por vir e será, portanto, nova chance para que outros pontos de dúvida sejam sanados e aprimorados. Vale frisar, entretanto, que a participação das massas envolvidas nessa história foi diminuta, quando se leva em conta o universo do funcionalismo. Uma das hipóteses é que os funcionários estejam satisfeitos com a proposta da atual gestão, que tem como uma de suas marcas as benesses ao funcionalismo. A outra é que tenham dado carta branca para que a decisão aconteça.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.