Apenas em casos de risco
A utilização consciente e responsável de serviços de emergência, como o Samu, é crucial para garantir que o atendimento chegue a quem realmente necessita em momentos críticos. A crescente demanda por esses serviços, muitas vezes acionados para situações que não configuram urgência ou emergência, pode gerar impacto negativo na capacidade de resposta e na qualidade do atendimento prestado à população. É fundamental que a sociedade compreenda que o Samu deve ser acionado apenas em casos de risco iminente à vida, como acidentes graves, infartos, derrames, crises convulsivas, entre outros. Solicitar atendimento para situações que podem ser resolvidas em unidades básicas de saúde ou consultórios médicos, como febres leves, dores de cabeça ou resfriados, sobrecarrega o sistema e impede que equipes cheguem a tempo para socorrer pessoas em situação de real perigo. Além do uso inadequado dos serviços, os trotes telefônicos representam outro grave problema. Essas falsas chamadas mobilizam equipes e recursos que poderiam estar salvando vidas, além de gerarem custos desnecessários para o sistema de saúde. Os trotes são uma atitude irresponsável e criminosa, que coloca em risco a vida de pessoas que realmente precisam de ajuda. Essa prática, por incrível que pareça, ainda tem sobrevida mesmo com a redução do uso das ligações telefônicas no dia a dia das pessoas. É preciso conscientizar a população sobre a importância de utilizar os serviços de emergência de forma consciente e responsável. Campanhas educativas, informações claras e acessíveis e a divulgação dos canais adequados para cada tipo de situação são medidas essenciais para promover essa mudança de comportamento. Ao acionar o Samu de forma inadequada, estamos prejudicando o sistema de saúde e colocando em risco a vida de outras pessoas.
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