O professor não para nunca de ensinar. Não é aquele tipo de profissão em que a jornada de trabalho tem horário para começar e acabar. Professor que é professor por essência ensina o tempo todo, transmite conhecimentos, aprendizados, lições que podem contribuir com a vida do próximo. Dizem que antigamente eles tinham mais amor à profissão e que isso se perdeu com o tempo. Não é verdade. Há incontáveis educadores dos dias atuais que demonstram o amor ao ofício somente por continuarem se dedicando a ele, dia após dia, diante das dificuldades dos novos tempos e da desvalorização profissional. Ao contrário, há muitas histórias que mostram que a arte de educar vai sobreviver para sempre, com resistência, criatividade e amor. Basta pensar o que os profissionais da educação fizeram durante a pandemia do coronavírus, adaptando-se e reinventando-se para conseguir manter o interesse dos alunos mesmo nas aulas à distância. Muitos desses professores nem estavam ambientados aos programas que tiveram que aprender a utilizar às pressas. Foram guerreiros, sem dúvida alguma. Se hoje fala-se em prejuízos advindos daquele período, é preciso ter em mente que só não foi pior porque muitos professores lutaram pelos seus alunos. Infelizmente, os desafios da educação brasileira não se resumem à pandemia – eles vão muito, mas muito além disso. Nesta edição, trazemos alguns depoimentos neste sentido, abordando desafios, resiliência e amor à profissão. Se os professores pudessem ter seus desejos atendidos, a maioria certamente pediria coisas boas para a educação como um todo, para suas escolas e seus alunos, porque ser professor é algo que vai além do óbvio, é algo mais intrínseco, que envolve corpo e alma, por vezes surpreendente e inexplicável. Por isso, registramos nossa admiração por vocês. Parabéns a todos os professores!