Aos amigos os favores...
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Desde que assumiu a cadeira de prefeito, Padre Osvaldo vem tentando favorecer de todas as formas quem o rodeia. Parece agir como se estivesse, ainda, à frente de sua paróquia, quando justamente lutava pelo bem de seu rebanho. Com isso, os funcionários públicos devem estar pra lá de satisfeitos, pois tiveram dívidas quitadas e estão tendo todas as benesses que pleiteam, com direito até ao ‘bom princípio de ano novo’ que a criançada costuma pedir aos pais e avós. Quanto a isso, não há nada a apontar, pois é questão de justiça. O dilema surge quando ele busca, da mesma forma, agradar seus comissionados – são, na maioria, aquelas pessoas que ocupam os chamados cargos de confiança, a partir da livre escolha do prefeito, sem necessidade de concurso público, por exemplo. Para essa turma que integra o alto escalão da prefeitura e recebe os salários mais altos, Padre Osvaldo defende agora auxílios-refeição e deslocamento, justificando que eles precisam usar carros particulares para compromissos de trabalho e, muitas vezes, fazerem suas refeições em “horários distintos” devido às atividades diárias. Como se isso não acontecesse com a maioria dos trabalhadores brasileiros, inclusive muitos dos comandados por esses mesmos comissionados que poderão ser agraciados com tais mordomias e privilégios. Vale observar, ainda, que esta não é a primeira tentativa de Padre Osvaldo de favorecer seu secretariado. Em janeiro, ele elevou os subsídios de todos eles – inclusive o seu próprio – baseando-se em entendimento jurídico explicado na época, que acabou sendo barrado pelo Ministério Público na Justiça, até que o mérito seja julgado. Talvez esta nova empreitada do sacertote seja na ânsia por garantir aquele ganho extra que não se concretizou no início do ano.
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