Anedotas de advogado
Santo Ivo é tido como advogado no céu e, portanto é patrono da classe de advogados. A Revista Jurídica eletrônica Migalhas, há não muito tempo publicou três pequenas anedotas que por ela foram selecionadas, de autoria respectivamente de José Damasceno Sampaio, Leandro dos Santos Vieira e Claudio Pedro Ballaben: Vamos a elas: 1)– Eis que inopinadamente aporta um advogado ao céu pedindo entrada. S. Pedro nega, sob o argumento de que houve vedação por Cristo. O advogado, sacando sua indefectível carteira, ameaça usar as redes sociais para preservar seus direitos. O porteiro do céu vai ao assento etéreo de Jesus, que estranha a presença de Pedro: "– Estamos aqui há quase dois mil anos e é a primeira vez que me visitas! Pedro, então, narra o ocorrido e, após ponderações, de parte a parte, é autorizada a entrada do causídico. Passa-se um mês, e S. Pedro retorna à presença de Cristo. O crucificado exclama: "– Pedro! Cheguei aqui um pouco antes de você, e estávamos há quase dois milênios sem nos falar, de repente, em um mês, já é a segunda vez que me visitas! O que houve?" Pedro então responde: "– Isso mesmo, Senhor, estamos aqui há muitos séculos e, nesse longo período, não gozei férias, não recebi salário, não me deram 13º, etc...". 2)– Atenção! Cenas fortes. Certo dia, estavam dois homens caminhando por um cemitério quando se depararam com uma sepultura recente. Na lápide, lia-se: "Aqui jaz um homem honesto e advogado competente". Ao terminar a leitura, um virou-se para o outro e disse: "– Desde quando estão enterrando duas pessoas juntas na mesma cova?". 3)– O advogado, no leito de morte, pede uma Bíblia e começa a lê-la avidamente. Todos se surpreendem com a conversão daquele homem que antes era tido como cético. Abismados, os que presenciavam a cena perguntam o motivo da repentina devoção. E o causídico, nos estertores, responde: "– Procuro brechas na lei." O mesmo portal publicou também um fato interessante que diz respeito a um dos mais célebres e brilhantes advogados que esse país já conheceu. Vale a pena reproduzir – Em 22 de junho de 1855, na página 4 do jornal Correio Mercantil, da Bahia, havia um anúncio interessante. No pequeno reclame, o professor Antonio Gentil Ibirapitanga narrava suas auspiciosas experiências ao utilizar, nos primeiros anos escolares, o chamado Método Castilho. Desenvolvido pelo escritor português Antonio Ferreira Castilho, dois anos antes, em Portugal, o método prometia uma alfabetização muito rápida, por meio de uma cartilha. Adotando-o em Salvador, o professor Ibirapitanga contava o seguinte: "A respeito de gramática, pelo método, fiz experiência com o filho do Sr. Dr. João José Barbosa de Oliveira; esse menino de cinco anos de idade é o maior talento que conheço em 30 anos de magistério; em 15 dias fez análise gramatical, e distinguiu as diferentes partes da oração e conjugou todos os verbos regulares." A criança prodígio a que se refere o professor era ninguém menos do que Rui Barbosa, que já nos primeiros anos de vida demonstrava os apanágios de sua incrível capacidade intelectual. Na quarta-feira, 1º de março, na passagem do centenário de seu falecimento, o Brasil deverá reverenciar esse grande vulto de sua história, que está praticamente em todas as cidades brasileiras denominando uma rua, avenida ou praça.
Fonte: Revista Jurídica Migalhas
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