Alzheimer
Os sinais de Alzheimer surgem de forma lenta e gradativa causando impacto na vida do paciente e de todos à sua volta.
Alzheimer é uma condição crônica neurodegenerativa causada pela morte das células cerebrais, uma doença que é mais comum em idosos sendo uma das principais causas de demência.
A característica mais marcante é a perda gradativa das funções cognitivas e alterações nas relações sociais e são divididos em 3 estágios: leve, moderado e grave.
Seus sintomas são:
Perda de memória, dificuldade de lembrar dos acontecimentos recentes como onde guardou objetos e não se lembrar das refeições. Dificuldade de executar tarefas diárias como se alimentar e de manter hábitos de higiene pessoal. Normalmente esse sinal surge de maneira leve e com o tempo vão se tornando mais intenso. Desorientação que seria não saber qual o dia ou estação do ano, tendo dificuldade para lembrar caminhos simples, se perdendo muitas vezes nos horários. Nas primeiras manifestações pode parecer algo normal, no entanto é preciso acompanhar de perto observando a frequência e evolução dos sintomas.
Problemas de discernimento e linguagem que afetam diretamente a cognição tornam a pronúncia das palavras lenta e embolada além de dificuldade na compreensão e escrita.
Repetição de tarefas ou situações onde a pessoa esquece o que já fez com tendência a ficar mais repetitivo tanto nos diálogos quanto nas ações.
Alterações bruscas de humor podem ocorrer como irritabilidade ou frustração, depressão ou apatia, enfim, oscilações que não condizem com a realidade do momento. Embora pareça um quadro comum devido ao envelhecimento, podem caracterizar um problema mais sério sendo importante acompanhar de perto para estabelecer uma avaliação precisa, pois em alguns casos, a pessoa sempre foi assim, ou seja, ficava nervosa quando alguém a tirava muito do sério.
Perda de iniciativa que seria se desinteressar em realizar atividades cotidianas que anteriormente eram motivos de satisfação e que podem surgir de forma isolada ou em conjunto com outros sintomas.
O diagnóstico de Alzheimer deve ser realizado por um médico especialista que avalia o histórico e sintomas, e são realizados exames de imagem como ressonância magnética, tomografia computadorizada juntamente com testes e exame de sangue.
Uma avaliação neuropsicológica também deve ser realizada para avaliar o funcionamento cognitivo assim como para identificar qualquer perda de memória ou outras dificuldades.
Do ponto de vista psíquico estamos falando de alguém que se desorganiza internamente experenciando sensações de desamparo, um estranho que não é alheio, mas algo estabelecido na mente que foi submetido ao recalque e depois voltou. Na demência há uma falta de interpretação que não alcança nenhuma tradução, e enquanto a inquietante estranheza vai sendo apropriada, prepondera e vira presença que entre o estranho e o familiar surge incerto, perdido e despojado de sua âncora identitária, um estrangeiro que chega e leva o sujeito aos poucos de si próprio, de seu sentimento de pertencimento.
Trata-se de uma doença que não tem cura, mas existem medicamentos que podem ajudar a retardar seu avanço assim como aliviando alguns dos sintomas.
Alguns tratamentos alternativos podem ajudar nos sintomas comportamentais como a agitação e a ansiedade, sendo o apoio emocional uma ferramenta fundamental tanto para a pessoa quanto para seus cuidadores e familiares.
Existem outras formas de demência, e uma avaliação conjunta é necessária para identificar se os sintomas relatados identificam perdas naturais da idade ou algum tipo específico que dentre os mais comuns são: Alzheimer, Vascular, Corpos de Lewy, Frontotemporal e Parkinsoniana.
Os fatores de risco da doença podem estar associados a baixa escolaridade, idade avançada, estilo de vida, histórico familiar, mutações genéticas causadas pela APOE no alelo 4, doenças cardiovasculares e traumatismo craniano.
O paciente de Alzheimer se movimenta numa trilha movediça do esquecimento sucessivo de si, um não lugar sem tempo que anunciam que seu elo com a memória e sua história se rompem num caminho sem volta.
Música “Autumn Leaves” com Nat King Cole.
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