Alien: Romulus resgata a ação e o terror dos primeiros filmes da série
Em cartaz no CineX, no Shopping, Alien: Romulus, é o sétimo filme da franquia iniciada em 1979, com Alien, o Oitava Passageiro, produção que marcou época e foi infinitamente copiado. Indo contra as expectativas, Alien, de Ridley Scott (Blade Runner, Gladiador) inovou no terror, nos efeitos mecânicos, no design e na heroína protagonista, a Ripley (Sigourney Weaver). Aliens, o Resgate (1986), de James Cameron (Exterminador do Futuro, Titanic) foi uma grande sequência, unindo ficção científica militar, ação e terror. Alien 3 (1992) e Alien: Ressurreição (1997) pareciam ter encerrado a franquia. No entanto, em 2012, Scott tentou resgatá-la com Prometheus e Alien: Covenant (2017), que resultaram pouco empolgantes em sua tentativa de “explicar” os monstros. Vamos ignorar as duas sequências de Alien vs Predador.
Alien: Romulus, escrito e dirigido pelo uruguaio Fede Alvarez, não tenta reinventar a franquia. Voltando a focar nos aliens cascudos e no ambiente claustrofóbico de uma espaçonave, criou novo elenco de personagens, mais jovens, buscando elementos dos dois primeiros filmes, seja no suspense, no terror, até no visual e nas referencias.
Cailee Spaney (a jovem fotógrafa de Guerra Civil) se mostra uma protagonista à altura da Ellen Ripley de Sigourney Weaver e reaviva o heroísmo feminista que o primeiro Alien ousou bancar no final dos anos 1970.
Num mundo distópico controlado pela poderosa e desumana Corporação Weyland, Rain (Spaney) tem um “humano artificial”, Andy (David Jonsson), e precisam sair do planeta minerador em que seus pais morreram de tanto trabalhar. Um grupo de amigos, Tyler (Archie Renaux) e sua irmã Kay (Isabela Merced), Bjorn (Spike Fearn) e Navarro (Aileen Wu) fogem fogem com uma nave roubada. O plano é escapar para um um planeta terraformado, numa jornada de nove anos. No caminho, entretanto, encontram uma estação espacial abandonada, que vem a ser a Romulus do título, perdida no espaço pela corporação. Não é preciso dizer que ela está cheia de aliens e que boa parte do elenco será descartado.
O Xenomorfo, o famoso alien desenhado por H. R. Giger ressurge com sua baba de ácido e infectando os pobres humanos para criar sua prole. Os jovens precisam encontrar a câmara de criogenia para dormirem pelos anos que dura a viagem, mas encontram um antigo androide da Weyland, Rook. Sua missão: levar os experimentos aliens para aumentar o poderio da corporação. Para isso, ele toma controle do pacato Andy, protetor de Rain, e o faz trabalhar para preservar os interesses da empresa.
Rain tem de lutar, e muito, para resgatar a programação original de Andy, como salvar a si e seus amigos de virar picadinho de vários xenomorfos à solta na Romulus, que ameaça cair nos anéis de um planeta distante e destruir a todos.
Com bela fotografia e visual, o diretor Alvarez consegue resgatar a atmosfera dos dois primeiros filmes e, com um elenco (sobrevivente) tão jovem, abre caminho para um novo público e o futuro da franquia.
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