Alfabetizar para formar cidadãos
A revolução tecnológica do século 21 trouxe mudanças profundas para diversas áreas da sociedade, incluindo a educação. No contexto da alfabetização, as novas tecnologias desempenham papel fundamental na abordagem pedagógica e também quanto às avaliações de desempenho. O teste de fluência leitora que teve início ontem nas escolas municipais é exemplo disso. É, claramente, a tecnologia a favor do aprendizado. Sobre essa fase escolar da vida da criança, Priscilla Albuquerque Tavares, professora da Escola de Economia de São Paulo (FGV EESP), doutora em Economia e pesquisadora, expõe que “a alfabetização é um marco crucial no desenvolvimento de uma criança, influenciando diretamente seu sucesso acadêmico e, consequentemente, sua vida futura”. E afirma: “Estimular a alfabetização plena envolve uma combinação de fatores essenciais. A exposição precoce à linguagem, o apoio familiar, a qualidade do ensino e a motivação são elementos-chave para garantir que as crianças atinjam a alfabetização com sucesso”. Segundo a especialista, é importante que se atinja esse marco na idade certa. “Crianças que dominam a leitura e a escrita até os sete anos têm mais chances de se sair bem academicamente e de desenvolver habilidades cognitivas mais sólidas. Isso é fundamental para a compreensão de outras disciplinas, estimulando o pensamento crítico, a comunicação eficaz e a autoconfiança”, frisa a educadora. Catanduva aderiu ao programa Alfabetiza Juntos SP, o que possibilitou capacitação dos docentes e a avaliação de fluência leitora periódica, de forma a garantir que mais crianças estejam alfabetizadas no período e forma correta. Somente a turma que está em sala de aula na Rede Municipal de Educação, no 2º ano do ensino fundamental, ultrapassa a marca de 800 crianças. Ou seja, são muitos pequenos catanduvenses que passam por esse processo de alfabetização a cada ano e este precisa ser eficiente para que tenhamos novas gerações aptas à leitura, à escrita e ao pensamento crítico.
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