Adeus, biodiversidade no Pantanal
Como se não bastassem os terríveis incêndios de 2022, agora o Bioma do Pantanal perde mais de 670.000 ha para o fogo, onde os pesquisadores e investigadores concluíram que 95% são de ordem criminosa.
Lamentavelmente, nenhum dos governos dos dois Mato Grosso agiu na hora certa, demoraram 60 dias para decretar estado de emergência, depois que tudo foi queimado. Agora o governo federal libera R$ 100 milhões para pagarem brigadistas e aviões teco-teco para jogarem baldes de água no fogo que não apaga nunca.
O valor estimado da Biodiversidade é mais de R$ 1 bilhão por tudo que foi perdido, queimado, cujo solo levará mais de 10 anos para sua regeneração.
Lamentavelmente o governo federal pecou também com a ministra omissa Marina Chamas Silva, que desceu em Corumbá com 40 homens da força nacional, para visitar a terra arrasada.
Nos países que enfrentam os incêndios, lá eles se utilizam de aviões Jumbo adaptados com tanques que levam 20 a 30 mil litros de água a cada viagem. E por aqui temos que ficar com os que carregam bolsas para buscar água no Rio Paraguai, que será a próxima vítima da Estiagem Hídrica.
Esse é o retrato do descaso com o Bioma do Pantanal, que já foi cartão postal para visitantes de todo mundo, hoje arde em chamas. Isso é o Brasil, o resto é o resto.
José Pedro Naisser
Ecologista
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