Com a população cada vez mais idosa, os indicadores mostram que haverá a necessidade da abertura de novos lares para acolher esse público da terceira idade, em detrimento da criação de escolas, que ainda é tendência hoje. Não é de se duvidar que, num futuro próximo, as escolas infantis se transformem em escolas de ensino fundamental ou médio diante da possível redução da demanda. E, num futuro mais distante, que a estrutura escolar que existe hoje possa ser reduzida, ao passo que os chamados recantos, lares ou asilos de idosos sejam ampliados. Não há surpresa nessa análise, se pensarmos que a natalidade vai reduzindo lentamente e que, diante dos avanços da medicina, as pessoas estão vivendo cada vez mais – e envelhecendo com qualidade de vida. Por outro lado, colocar os pais, avós ou outro parente em uma clínica de repouso não é uma decisão fácil de ser tomada, afinal, muitas pessoas ainda enxergam essa atitude como abandono ou negligência para com aqueles que amamos. Mas essa visão não é correta. Quando o idoso perde a independência de realizar suas funções e atividades do dia a dia de maneira segura e não pode contar com o apoio da família 24 horas por dia, é hora de pensar em uma clínica de repouso. No local o idoso poderá terá auxílio profissional e interação com outros de sua idade. Ou seja, muitas vezes o lar para idosos pode ser a melhor maneira de oferecer o conforto e cuidados que nossos velhinhos precisam, cuidados esses que, com o passar do tempo, tornam-se mais necessários e constantes e que a família, por mais dedicada que seja, nem sempre pode ofertar. A iniciativa da Associação Paulo de Tarso de implantar o lar de idosos Gamaliel vai ao encontro dessa visão de mundo e da necessidade que já existe na comunidade e, por isso, tem recebido o apoio da sociedade. São sinais dos novos tempos que já chegaram.