Acidentes no trânsito

Crescem assustadoramente os acidentes no trânsito, movidos por algumas situações decorrentes do alto número de veículos que trafegam diariamente pelas rodovias de todo o país, principalmente por excesso de velocidade, estando neste contexto com exclusividade os motoqueiros como se fosse aposta de corrida com suas motocicletas.

O Brasil registrou mais de um milhão de acidentes em 2.024, segundo dados consolidados naquele ano, o que resultou em mais de 33,8 mil mortes, uma média de 92 mortes diárias. Nessas condições, praticamente temos um óbito a cada 15 minutos e um ferido a cada dois minutos.

Ainda, em nosso país, as principais causas de morte se constituem nas doenças não transmissíveis, com destaque para as doenças cardiovasculares, os diversos tipos de câncer, diabetes, doenças respiratórias e do aparelho digestivo.

Na sequência, 850 pessoas perderam a vida no trânsito em 2.024. No mesmo período do ano anterior foram 646. Os dados são de acordo com a estatística apurados pelo próprio Detran para se ter uma ideia sobre os trágicos acidentes ocorridos nos anos de 2.023 e 2.024.

É evidente que o país tem registrado aumento de óbitos no trânsito e já supera os índices pré-pandemia, segundo dados mais recentes confirmados durante a trajetória de 2.022.

Há de se ressaltar o fato de que algumas rodovias não foram aprimoradas estruturalmente e não atendem às necessidades do tráfego atual, evidenciando a falta de investimento em segurança nas rodovias brasileiras e em melhoria da infraestrutura é um fator determinante par ao aumento no número de acidentes.

Torna-se imprescindível, independente dos acidentes terrestres, incluem-se as aeronaves, que é o caso da queda de um avião na Coréia do Sul, considerado o maior da história, onde 179 pessoas morreram, além de quatro membros da tripulação, morreram por conta desse terrível acontecimento.

A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou em 2.010 a campanha "1a. Primeira Década de Ação pela segurança do trânsito", para conscientizar os países a adotar medidas, visando, efetivamente, reduzir em 50% a mortalidade no trânsito até 2.020.

O Brasil, por sua vez, contabilizou um aumento considerável de 13,5% nas mortes (em números absolutos) no trânsito em relação à década anterior com uma taxa de mortalidade por cada 100 mil habitantes que cresceu 2,3% neste período, mostrando resultados bastante frustrantes em relação à meta global estipulada pela Organização das Nações Unidas.

Os pesquisadores Carlos Henrique Ribeiro Erivelto Pires Gudes são os autores do estudo que avaliou a mortalidade no trânsito e as políticas adotadas em nosso país. Os acidentes com motocicleta foram os responsáveis pelo crescimento das mortes, que dobraram entre as duas décadas, respectivamente, analisados pelos dois pesquisadores. No entanto, houve redução na qualidade de óbitos por atropelamentos e casos evolvendo automóveis.

Mais pessoas morreram no trânsito no primeiro semestre de 2.023 do que no mesmo período de 2.022, alertou o Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF). Em Sergipe foram 105 mortes em 2.022 e 127 em 2.023. O crescimento é de 20,95%. Das 127 mortes 73 apresentaram resultado positivo para o consumo de bebida alcoólica. Este dado do IAPF representa 57,5% do total de óbitos decorrentes de trânsito no estado.

De acordo com o perito criminal Ricardo Leal, os dados também revelam as faixas etárias com maior incidência de mortes no trânsito em Sergipe com idade de 25 a 34 anos, consolidando-se os perigos no trânsito brasileiro.

Autor

Alessio Canonice
Ibiraense nascido em 30 de abril de 1940, iniciou a carreira como bancário da extinta Cooperativa de Crédito Popular de Catanduva, que tinha sede na rua Alagoas, entre ruas Brasil e Pará. Em 1968, com a incorporação da cooperativa pelo Banco Itaú, tornou-se funcionário da instituição até se aposentar em 1988, na cidade de Rio Claro-SP, onde reside até hoje.