Aceitar é ser conivente

O episódio envolvendo o candidato a prefeito de Novo Horizonte mostra que os partidos, como um todo, precisam ser mais rígidos ao concederem suas legendas. Não adianta agora, quando o sujeito é detido e acusado de uma série de crimes, dizer que o partido foi vítima da situação. Ainda que o candidato envolvendo tenha direito a defesa, como qualquer pessoa teria, as imagens e vídeos que circulam pelas redes sociais o colocam em uma situação muito complicada, dificultando qualquer defesa. Difícil imaginar que existam argumentos para justificar que um menor de idade estivesse dirigindo seu automóvel ou que ele tenha passado a noite, regada a álcool, ao lado dos dois rapazes, e que os três continuassem em Catanduva no amanhecer do dia seguinte, sendo detidos por transitar o veículo em zig-zag e com som alto, incomodando a todos. Se todo esse excesso ocorre em período eleitoral, enquanto o homem é candidato a vice-prefeito de uma das cidades mais importantes da região, imagina em qualquer outro momento da vida sem essa “preocupação” com os holofotes? Na área política, é nítido que a candidatura vai se desintegrar e ainda que outro nome seja colocado no lugar, que dificilmente irá prosperar, fazendo com que a eleição em Novo Horizonte fique polarizada entre o atual e o ex-prefeito. Restará ver quais condutas o PT tomará em âmbitos municipal e estadual com relação ao seu candidato, mas o caso pode servir como lição ou alerta a qualquer partido que tenha em suas fileiras alguma personagem que possa inspirar risco semelhante. É hora de pensar que a opinião pública não tolera mais essas condutas – e nunca deveria tê-las tolerado – e que a retidão é característica essencial para a vida pública. Precisamos de homens e mulheres íntegros, honestos e corretos na política, nos altos cargos, nas funções de liderança e isso não é pedir demais.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.