A Tuberculose e a Urgência de Combate

A Tuberculose (TB) foi introduzida no Brasil pelos portugueses e missionários jesuítas, a partir do ano de 1500 durante a colonização e, desde então, virou um problema presente e persistente. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a tuberculose está em estado de urgência em todo o planeta, sendo agravada pela desigualdade social, surgimento da AIDS, envelhecimento da população e grandes movimentos de imigração. Criou-se, portanto, o programa “STOP TB”, que reunia 22 países para discutir e pesquisar sobre a tuberculose, além da criação de projetos como o Programa de Controle da Tuberculose, em que ficou bastante claro que os principais problemas derivam da falta de recursos financeiros e humanos, enquanto em outros pacientes estavam ligados a resistência a medicamentos e/ou o gerenciamento do programa. Além disso, ficou definido que é papel dos próprios países envolvidos priorizar a luta contra a doença e procurar ONGs parceiras para a realizar a tarefa do combate. No Brasil, ficou definido o dia 17/11 como o dia nacional do combate à tuberculose, alertando sobre a sua prevenção, sintomas e tratamento.

A tuberculose tem como sintomas a Hemoptise, “tosse com sangue”, perda de peso, febre, sudorese noturna e, quando não controlada, pode progredir para a fase crônica, o que leva a fibrose pulmonar (pulmão sem elasticidade, dificultando a respiração). Uma forma de combate e proteção à tuberculose é a administração da vacina BCG, disponibilizada pelo SUS e em serviços privados, (dos nascidos até os 5 anos ou pessoas de qualquer idade que têm contato diário com portadores de hanseníase). A tuberculose apresenta alta taxa de mortalidade (2 milhões por ano) e em 2020, menos de 70% da população mundial tomaram a vacina, o que prejudica não somente o indivíduo que não tomou, mas toda a população, pois, além de aumentar a dispersão da doença, aumenta a gravidade

Outro aspecto importante a ser considerado é o impacto da tuberculose nas populações mais vulneráveis, como pessoas em situação de rua, indígenas e pessoas privadas de liberdade (encarcerados). Esses grupos, frequentemente excluídos do acesso aos serviços básicos de saúde tornam-se mais propensos à infecção e à disseminação da doença. Sendo a tuberculose mais prevalente nesses grupos, há necessidade de políticas públicas específicas e direcionadas, além de campanhas de conscientização e prevenção que alcancem toda a população

Apesar da luta contra a tuberculose ser antiga, é fundamental que se renove a cada dia. Com informação acessível, vacinação e adesão ao tratamento completo, é possível virar o jogo de vez. Cada um de nós tem um papel nessa história, seja disseminando conhecimento, apoiando quem precisa ou apenas cuidando da própria saúde. Afinal, em um mundo conectado como o nosso, todo cuidado é significativo. Se seguirmos firmes e juntos, é só uma questão de tempo até deixarmos a tuberculose para trás e celebrarmos mais uma vitória da saúde coletiva. Vamos nessa?

 

Pedro Henrique Lourenção Hidalgo e Ellen Louise Santos – 1º ano

Autor

Doses de Informação - Fameca/Unifipa
Pílulas mensais sobre a saúde | Projeto de Extensão Universitária da Faculdade de Medicina de Catanduva - Unifipa | Orientadoras: Prof.ª Dr.ª Adriana Sanchez Schiaveto e Prof.ª Ma. Juliana Guidi Magalhães