A tecnologia bélica e os rumos da história

Se um neanderthal, há 40 mil anos, tivesse a mais modesta das espadas de ferro, o que teria sido de todos os homo sapiens?

Se o faraó Aquenáton tivesse, em 1336 a.C, o mais simples arcabuz medieval, não teria sido assassinado e, então, teria sido capaz de manter seu monoteísmo?

Se o general Aníbal de Cártago tivesse às mãos um revólver 38, o comum dos comuns, o que teria acontecido com Roma em 202 a.C?

Se a rainha Sibila de Jerusalém tivesse em sua defesa uma bombarda de pequeno porte, o Islã teria avançado tanto depois de 1187?

Se o imperador Constantino XI, em 1453, tivesse uma única metralhadora Gatling contra os otomanos, Bizâncio teria permanecido?

Se o grão-cacique lucaiano tivesse um submarino U-boot alemão da 1ª Guerra Mundial, Colombo teria descoberto a América em 1492?

Se o rei Luís XVI tivesse um tanque M4 Sherman, seus guardas suíços teriam enfrentado e acabado com a Revolução Francesa ainda em 1789?

Se Napoleão Bonaparte tivesse, em 1814, um lançador de granadas, teria sido derrotado na Batalha de Waterloo?

Se o papa Pio IX tivesse, em 1870, um caça Spitfire, Giuseppe Garibaldi e a dinastia de Savóia teriam unificado a Itália?

Se a rainha Liliuokalani do Havaí tivesse, em 1893, um lançador múltiplo de foguetes, os Estados Unidos teriam anexado seu reino?

Se o general Chiang Kai-shek tivesse, em 1949, um porta-aviões, o que teria sido de Mao Tsé-Tung e dos comunistas chineses?

Se... se... se...

Se algum país tivesse, em 2023, uma bomba atômica, o que seria da Humanidade?

Hoje, apenas nove países afirmam oficialmente possuir armas nucleares: Estados Unidos, Rússia, China, França, Grã-Bretanha, Índia, Paquistão, Israel e Coréia do Norte. Obviamente, ao menos uma outra dezena de países detém tais armas de destruição em massa. Ocorre que, natural em política, eles mentem e ocultam descaradamente os fatos.

Desnecessário qualquer outro comentário meu.

Mas, necessário citar a conhecida frase de Albert Einstein: “Não sei como será a terceira guerra mundial, mas sei como será a quarta: com pedras e paus.”

Autor

Dayher Giménez
Advogado e Professor