A riqueza do amor

Grandes são as conquistas que o ser humano consegue fazer através do trabalho honesto e disciplinado. Todavia, o acúmulo material não deve suplantar os bens do amor e da necessidade do cuidado e ajuda ao próximo.

Por maiores que sejam os bens acumulados na Terra, a hora derradeira é passagem obrigatória para todos. Deve ser a desenvoltura do desapego e da caridade como lições bem-vindas, em especial, quando cultivadas de forma calma e regular, sem agendas ocultas ou segundas intenções.

Assim como em cada idade tem sua beleza, em nenhuma fase da vida podemos esquecer de acender as luzes do amor e da caridade.

O tesouro dos bens terrenos não deve ser desculpa para evitar o adiantamento moral do espírito. Mais do que o acúmulo do perecível e transitório na existência, devemos nos ater às riquezas legítimas que são dignas daqueles que souberam viver em um mundo-escola.

Não seria o conhecimento edificante e as luzes do amor as conquistas maiores do educandário da terra? Em cada série há lições específicas, assim como os tesouros materiais e o poder podem servir como autênticas lições de equilíbrio e bom senso. É essencial superar a cobiça e a avareza, a vaidade e o falso orgulho superior.

Por outro lado, a riqueza material se utilizada com inteligência pode servir como legítimo ministério de dádivas e distribuição de bênçãos, apaziguando dores e amenizando o sofrimento de irmãos em necessidade.

Quem se torna amigo da abundância material e de sua própria consciência consegue trilhar o caminho de ajudar sem pestanejar. É a vivência de Cristo na terra.

 

Paulo Hayashi Jr.

Doutor em Administração, professor e pesquisador da Unicamp

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Artigos de colaboradores e leitores de O Regional.