A resistência de Inga
Para manter em pé a propriedade onde produz laticínios, Inga (Arndís Hrönn Egilsdóttir), uma agropecuarista recém-viúva, enfrenta uma poderosa cooperativa acusada de corrupção.
O cinema do diretor islandês Grímur Hákonarson já é conhecido dos cinéfilos brasileiros, principalmente os que frequentam festivais de cinema. Seguindo a tradição de seus trabalhos, rodados em planícies geladas da Dinamarca e Islândia, e partindo de uma ambientação que remete ao filme anterior, ‘A ovelha negra’ (2015), esse seu último longa, que também escreveu, acompanha a luta solitária de uma mulher contra um sistema corrupto. Inga (Arndís Hrönn Egilsdóttir) acaba de ficar mantém uma pequena propriedade agrícola onde produz laticínios e sem o marido, tem de cuidar de todo o negócio. Ela vive e trabalha em um local afastado, sem vizinhos. Ao descobrir um esquema de monopólios, e também corrupção, liderado pela poderosa cooperativa da qual faz parte, rebela-se contra o grupo, colocando sua integridade e até a vida em jogo. Pouco a pouco tenta trazer para junto de sua causa agricultores e pecuaristas das cidades próximas, e por isso é constantemente ameaçada. Um drama humano, sério, com ótima interpretação da atriz de ‘Pardais’ (2015) Arndís Hrönn Egilsdóttir, que entrega um trabalho de energia e vitalidade, de uma mulher que resiste a pressões para combater injustiças sociais, dando início a uma pequena revolução. Exibido no Festival de Toronto, tem ainda uma fotografia das mais belas. Lançado no Brasil pela Imovision, está disponível no streaming Reserva Imovision.
A resistência de Inga (Héraðið/ The county). Islândia/ Dinamarca/ Alemanha/ França, 2019, 92 minutos. Drama. Colorido. Dirigido por Grímur Hákonarson. Distribuição: Reserva Imovision
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