A mulher de preto

O advogado Arthur Kidd (Adrian Rawlins) viaja a uma pequena cidade inglesa para acompanhar o funeral de uma mulher e depois auxiliar a família com a herança. Hospedado na casa da falecida, Kidd é assombrado por visões sinistras de uma mulher de preto. Ele passa a desconfiar que algo terrível está por trás da morte daquela senhora.

Produzido para a TV inglesa, “A mulher de preto” é um sofisticado telefilme de terror sobrenatural que irá assustar aqueles que curtem o tema. Não somente a trama é sinistra, mas também as locações, a fotografia perturbadora e os elementos técnicos, como neblina a todo instante e as sombras nos ambientes fechados – foi filmado na região de Lacock, no condado inglês de Wiltshire, com ruelas e casinhas de aspecto medieval, que parecem ter saído do universo de Arhur Conan Doyle (destaque para o velho casarão da falecida, com um cemitério decrépito ao fundo). Começa como uma história de investigação, aos poucos o suspense assume forma e depois atinge o ápice como terror com direito a aparições de fantasmas e um segredo aterrador guardado a sete-chaves.

Baseado no livro da premiada escritora inglesa Susan Hill, publicado em 1983, teve uma versão para cinema, da qual gosto muito, assinado pela Hammer Films, “A mulher de preto” (2012), com Daniel Radcliffe e Janet McTeer.

Recebeu indicação a quatro prêmios Bafta, nas categorias de TV: melhor design, maquiagem, som e trilha sonora, e foi dirigido por um especialista em séries e telefilmes britânicos, Herbert Wise.

O telefilme acaba de ser lançado em DVD pela Obras-primas do Cinema, numa cópia muito boa, digna para ter na coleção (como extra apenas galeria de imagens e cards impressos).

A mulher de preto (The Woman in black). Reino Unido, 1989, 102 minutos. Terror/Suspense. Dirigido por Herbert Wise. Distribuição: Obras-primas do Cinema

Autor

Felipe Brida
Jornalista e Crítico de Cinema. Professor de Comunicação e Artes no Imes, Fatec e Senac Catanduva