A GCM exigirá reforço
Se dentro de algum tempo os AFTs não existirão mais, como revelado ontem pelo jornal O Reginal, a Guarda Civil Municipal (GCM) precisará ser reforçada. E isso exige planejamento e boa vontade do gestor público, que já consegue saber, hoje, quando os atuais servidores deverão se desligar de seus cargos – imaginando, é claro, que isso vá acontecer de maneira natural através da aposentadoria. Desta forma, se houver redução do quadro nos próximos anos, o administrador pode tomar decisões desde já, antecipando-se aos fatos e fortalecendo a GCM. Esta discussão vai muito além da discussão sobre a fiscalização que os AFTs podem realizar, já que eles estão aptos a multar os condutores diante de infrações. Ela está mais diretamente relacionada à necessidade da presença de um agente que possa orientar o trânsito diante de interdições, desvios ou, mesmo, do perigo. Eles podem auxiliar os motoristas e evitar conflitos. Essa situação já acontece hoje e, cá entre nós, é comum que faltem agentes para fazer essa orientação. Não são raras as confusões no trânsito na área central nas manhãs de sábado em que os motoristas precisam se entender sozinhos, já que nenhum agente aparece, seja AFT ou GCM. Vale o parênteses, inclusive, de que muitos dos agentes de trânsito, desde o início do governo Padre Osvaldo, tornaram-se funcionários administrativos, deixando desde já as ruas desguarnecidas. A fiscalização da Área Azul, por exemplo, nem existe mais. Na quarta-feira pela manhã, vários semáforos do Centro ficaram no piscante amarelo - por algum tipo de falha no sistema talvez - e, apesar dos riscos em vários cruzamentos, ninguém apareceu para evitar acidentes. Com isso tudo, é fácil imaginar que à medida que a GCM vá assumindo novas atribuições, precisará de maior contingente para desempenhar bem suas funções e, com isso, garantir que a população seja bem assistida. Se hoje já não está bom, sem os AFTS pode piorar.
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