A força do voluntariado

É muito bonita a história do projeto Prateleira Solidária Catanduva, que foi destaque da edição de ontem. Foi literalmente uma prateleira colocada na calçada com alimentos para doação a famílias necessitadas que deu origem a um trabalho extremamente sério e amplo, que hoje engloba a área de educação, qualificação profissional e reinserção no mercado de trabalho. A origem é preservada, claro, com o acompanhamento social e entrega de benefícios eventuais, como cestas básicas e outros produtos, a cerca de 200 famílias. É marcante, também, a frase adotada como lema e exposta nas paredes recém-pintadas da nova sede da entidade: “Doe o que puder. Leve o que precisar”, que enaltece o poder do voluntariado e a essência da ONG. Vale frisar que, além da Prateleira Solidária, várias outras ações sociais surgiram durante a pandemia do coronavírus, justamente num momento delicado, em que muitas pessoas perderam suas fontes de renda e famílias se desestruturaram devido a mortes causadas pela devastadora doença. Muitas dessas iniciativas ganharam corpo e resistem ao tempo, auxiliando a população, cada qual à sua maneira, e mostrando o quanto o povo catanduvense é solidário e preocupado com o próximo. Há quem esteja distribuindo marmitas. Outros acolhem crianças no contraturno escolar. Tem trabalhos nobres em bairros periféricos que favorecem a comunidade. Tem de tudo um pouco, sempre dentro da simplicidade e do espírito voluntário que deu início a todos esses movimentos. Afinal, foi quando o coração apertou de ver alguém passando fome ou sofrendo que pessoas abnegadas decidiram arregaçar as mangas e fazer a diferença na vida do outro. Desejamos vida longa à Prateleira Solidária e a tantos outros projetos que a cidade acolheu.

Autor

Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.