A Empatia e o Respeito
É muito comum ouvirmos os clamores por respeito, por empatia, por compaixão, entre outros, entretanto, vivemos em uma sociedade que vem constantemente nos moldando para a meritocracia, para o individualismo que sequer desenvolvemos noções básicas de valores e sentimentos morais tais quais os acima citados.
Em especial, estamos cada vez mais concisos em apontar defeitos que julgamos errados nos outros, criticar as dificuldades que nossos semelhantes encontram em determinadas situações, que para nós é tida como “fácil e simples”, acusamos o próximo de não ser tolerante, de não respeitar e de sequer ter empatia quando o inverso acontece, quando somos nós quem estamos do lado do acusado, do inepto.
Neste sentido, é necessário refletimos quais são os valores que gostaríamos de construir e consequentemente, de transmitir, de forma possamos reconhecer em nós a verdadeira forma de empatia, que vai além de se colocar no lugar do outro, empatia é se dispor em saber quão difícil é aquele momento para nosso irmão, é acolher, sentir e acima de tudo, não perder tempo com julgamentos e apontamentos.
Infelizmente, estamos construindo uma sociedade em que a empatia e quaisquer outras formas de respeito tem muito menos espaço, a competição desvairada e a necessidade de conquistar valores, custe o que custar, tem levado a humanidade a uma falha moral difícil de ser revertida, ou em outras palavras, a humanidade tem de certo modo se desumanizado a ponto de tornar invisível os mais necessitados.
Embora estejamos vivenciando uma situação caótica e problemática, não podemos crer que seja tarde uma mudança, mas ela precisa acontecer de forma rápida e potente e ela só virá a ser concretizada na construção de uma sociedade mais plural, mais afetuosa e com políticas públicas que venham em busca de uma equidade social. Buscando restaurar a humanidade em cada um de nós, tornando-nos respeitosos, afetuosos e empáticos para com aqueles que se encontram nas dificuldades da vida.
Autor