A demora do padre
A administração Padre Osvaldo tem como uma de suas marcas a realização de eventos e shows. Inclusive os gastos com a contratação de artistas já se avolumam, sobretudo neste segundo ano de sua gestão. Teve festa no aniversário da cidade, no Dia do Rock, no Dia da Juventude e até mesmo no Dia do Porco, mas o Natal, a data mais importante do comércio e uma das principais da Igreja Católica por celebrar o nascimento de Jesus Cristo, foi preterida nos planos do padre. Enquanto cidades da região inauguram seus projetos de iluminação e decoração natalina - Rio Preto, por exemplo, tem 17 árvores de luzes -, Catanduva chega próximo de mês para o Natal sem qualquer enfeite nas ruas. Não tem nada nos postes, não tem árvore, não tem papai noel de bicicleta e nem mesmo sentado, seja na casa, estação de trem ou trenó. Nem mesmo as gambiarras que o comércio tradicionalmente estende pelas ruas a Prefeitura ajudou a instalar. Assim fica difícil atrair os consumidores às compras, quanto mais os moradores da região. Isso poderá mudar, é verdade, já que foi agendada para 30 de novembro a realização de dois pregões eletrônicos para contratar decoração natalina e estrutura de palco para as prováveis atrações da Secretaria de Cultura. A questão é que, ainda que essa decoração aconteça ao longo do mês de dezembro, a demora do padre ao tratar da programação nalina já é uma realidade. Não tem como voltar atrás e apressar as coisas pelo bem do comércio e da economia catanduvense. Mas as escolhas feitas podem ser questionadas, afinal, apostou-se em nichos e valores vultosos para agradar pequenos públicos, enquanto o final de ano, de novo, deixará a desejar. E assim a cidade vai sendo ultrapassada por outras cuja gestão está mais atenta às reais necessidades do povo.
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