A culpa é do tutor

O recente ataque de dois Rottweilers a uma mulher e seu cão em frente à Sé Catedral Santuário Nossa Senhora Aparecida, em Catanduva, é um triste lembrete da irresponsabilidade de alguns tutores de animais. A falta de uso de guias e focinheiras, ignorando a legislação, demonstra descaso com a segurança pública e o bem-estar da comunidade e de outros animais. É crucial lembrar que os animais não têm culpa nesses casos. Cães, especialmente raças de grande porte, precisam de treinamento adequado e supervisão constante, pois ainda que sejam adestrados, podem agir de forma repentina e fora dos padrões por estímulos do ambiente. A responsabilidade recai inteiramente sobre o tutor, que deve garantir que seu animal não represente uma ameaça para a sociedade. A legislação que exige o uso de guias e focinheiras não é arbitrária. Ela visa proteger pedestres, ciclistas, outros animais e até mesmo os próprios cães, evitando acidentes e ataques. Ignorar essas normas é colocar em risco a integridade física e emocional de todos. É imperativo que as autoridades intensifiquem a fiscalização e punam os tutores negligentes. Assim também deve acontecer no caso citado inicialmente: a Polícia Militar precisa enveredar esforços para descobrir quem é o tutor e fazer com que ele responda por seus atos e pelo trauma causado à moradora que passeava pela praça. Ele tanto sabe de sua omissão que fugiu do local sem prestar socorro. De forma paralela, o poder público precisa estar atento ao tema e promover a conscientização sobre a posse responsável de animais, incentivando o treinamento, a socialização e o cumprimento das leis. A segurança e o bem-estar de todos dependem do compromisso de cada tutor em agir com responsabilidade e respeito.

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Da Redação
Direto da redação do Jornal O Regional.