A crueldade ante o desespero alheio

“Sim, eu me assusto com a maldade humana, mas os que simulam a bondade me assustam ainda mais”, essa frase é atribuída ao padre Fábio de Melo e mesmo que não for, traz consigo uma importante reflexão acerca dos últimos acontecimentos envolvendo o Rio Grande do Sul e a quantidade de fake news disparadas em pouquíssimas horas, de forma constante, impensada e criminosa.

Creio que não deva existir sequer uma pessoa com um pingo de civilidade e sensibilidade que não se estarreça ante a crueldade envolvida nesses atos. Essa ação criminosa, articulada pelas pessoas mais insensíveis e necessitadas de likes e perpetuar um posicionamento contra a humanidade não defendem valores como justiça, solidariedade, cooperação. Longe disso, articulam em seus conluios nefastos as mais diversas formas de fomentar o desespero e o ódio através de suas articulações terríficas.

Tais carniçais querem a derrocada do estado e de toda uma população apenas para que, ao vilipendiar os corpos que são tomados pela morte por meio das suas mentiras, sobressaia e galgue mais um degrau no hall da fama, sem se importar que essa escada esteja repleta de sangue.

Não há humanidade em que produz mentiras que atingem a dignidade humana, tampouco em quem compartilha, pois, este ato tão espúrio quanto o primeiro. E é na maldade humana, na crueldade e no desalento que quem mente e quem propaga, se afinam, em uma perfeita sinfonia de gritos e desatinos. O pior, bradam a bandeira de paladinos da moralidade e do bem, são os que lá no fronte, preocupam-se em criar estratagemas para aumentar seus seguidores, alienados, desarticulados com a realidade, para fomentar ainda mais o caos e o desespero.

E “Sim, eu me assusto com a maldade humana, mas os que simulam a bondade me assustam ainda mais”.

Autor

Eduardo Benetti
Professor Recreacionista em Catanduva